Ucrânia poderia enfrentar a Rússia? As Coréias poderiam duelar?
A hipótese de um amistoso marcado por vontade própria é obviamente descartada, mas, e se por algum acaso, esses países se classificarem para o mesmo grupo em uma copa do mundo, que é definida por sorteio? Ou, se ambas se enfrentam em uma fase de eliminatórias?
Nos bastidores do futebol, nem sempre a rivalidade se restringe às quatro linhas. Em um cenário global repleto de tensões diplomáticas, conflitos armados e disputas territoriais, a FIFA, como entidade máxima do futebol, encontra-se muitas vezes obrigada a intervir em partidas entre seleções, a fim de evitar confrontos que possam gerar maiores divisões e riscos de segurança.
Nas últimas décadas, a FIFA adotou uma postura cautelosa ao lidar com seleções cujos países estão envolvidos em guerras ou enfrentam tensões políticas. Esses jogos podem ser vetados, reagendados ou transferidos para locais neutros para minimizar riscos e proteger a integridade das competições internacionais.
Quando o Campo Vira Cenário de Conflito
Um dos exemplos mais recentes e emblemáticos dessa intervenção aconteceu com a Rússia, após o início da guerra contra a Ucrânia em 2022. A FIFA, em conjunto com a UEFA, tomou uma decisão sem precedentes ao suspender todas as seleções e clubes russos de competições internacionais, uma medida que visava não apenas isolar o país esportivamente, mas também evitar confrontos potencialmente explosivos com a Ucrânia e seus aliados.
A rivalidade histórica entre Israel e diversos países árabes é outro ponto sensível na diplomacia do futebol. Várias nações do Oriente Médio, como o Irã, se recusam a reconhecer o Estado de Israel e, consequentemente, a competir contra seleções israelenses. A FIFA, ciente dessa animosidade, frequentemente toma medidas para garantir que esses países não se enfrentem em torneios oficiais, muitas vezes separando-os em diferentes grupos ou eliminatórias.
Evitando o Encontro de Inimigos Históricos
O caso das duas Coreias é outro que exige atenção especial. Apesar de não estarem em guerra ativa desde a década de 1950, Coreia do Norte e Coreia do Sul mantêm uma relação instável, marcada por episódios de agressão e falta de diálogo diplomático. Quando as seleções desses países se enfrentam, a FIFA age com extremo cuidado, muitas vezes exigindo que os jogos aconteçam em campos neutros e sob rígidas medidas de segurança.
Um exemplo semelhante pode ser visto no caso da Sérvia e de Kosovo. Desde que o Kosovo declarou sua independência da Sérvia em 2008, os dois países permanecem em uma posição de hostilidade. A Sérvia não reconhece o Kosovo como uma nação soberana, e a FIFA, ciente do potencial de um confronto entre essas seleções causar conflitos, evita ao máximo a realização de tais partidas.
Sanções Internacionais e a Exclusão de Equipes
Há também casos em que a FIFA se vê obrigada a agir em consonância com sanções internacionais. Durante os anos 90, por exemplo, a Iugoslávia foi suspensa de competições esportivas devido às sanções impostas durante as guerras balcânicas. A medida refletia não apenas a pressão política global sobre o país, mas também o risco de que confrontos entre seleções pudessem levar a episódios de violência e desordem.
A FIFA e seu Papel de Mediadora Global
Esses exemplos destacam o papel da FIFA não apenas como reguladora do futebol, mas também como uma mediadora em um cenário internacional conturbado. Embora a entidade seja frequentemente criticada por suas decisões políticas, é inegável que a organização busca evitar que o esporte seja usado como palco de confrontos mais amplos, seja em jogos entre países em guerra ou nações com tensões políticas profundas.
Ainda assim, as decisões da FIFA nem sempre são simples. Em muitas ocasiões, há um equilíbrio delicado entre manter a imparcialidade esportiva e garantir que o futebol não se torne uma extensão de disputas nacionais. Em tempos de conflito, o campo de futebol pode se transformar em um terreno sensível, onde o resultado de um jogo pode ir muito além do apito final.
O desafio da FIFA continua sendo o de assegurar que, independentemente do cenário político global, o futebol permaneça uma plataforma de união entre nações, sem perder de vista os riscos que alguns encontros podem acarretar. No mundo atual, onde diplomacia e esporte frequentemente se entrelaçam, a atuação da entidade vai muito além das regras do jogo: trata-se de preservar a paz, mesmo que por 90 minutos.
A hipótese de um amistoso marcado por vontade própria é obviamente descartada, mas, e se por algum acaso, esses países se classificarem para o mesmo grupo em uma copa do mundo, que é definida por sorteio? Ou, se ambas se enfrentam em uma fase de eliminatórias?
Nos bastidores do futebol, nem sempre a rivalidade se restringe às quatro linhas. Em um cenário global repleto de tensões diplomáticas, conflitos armados e disputas territoriais, a FIFA, como entidade máxima do futebol, encontra-se muitas vezes obrigada a intervir em partidas entre seleções, a fim de evitar confrontos que possam gerar maiores divisões e riscos de segurança.
Nas últimas décadas, a FIFA adotou uma postura cautelosa ao lidar com seleções cujos países estão envolvidos em guerras ou enfrentam tensões políticas. Esses jogos podem ser vetados, reagendados ou transferidos para locais neutros para minimizar riscos e proteger a integridade das competições internacionais.
Quando o Campo Vira Cenário de Conflito
Um dos exemplos mais recentes e emblemáticos dessa intervenção aconteceu com a Rússia, após o início da guerra contra a Ucrânia em 2022. A FIFA, em conjunto com a UEFA, tomou uma decisão sem precedentes ao suspender todas as seleções e clubes russos de competições internacionais, uma medida que visava não apenas isolar o país esportivamente, mas também evitar confrontos potencialmente explosivos com a Ucrânia e seus aliados.
A rivalidade histórica entre Israel e diversos países árabes é outro ponto sensível na diplomacia do futebol. Várias nações do Oriente Médio, como o Irã, se recusam a reconhecer o Estado de Israel e, consequentemente, a competir contra seleções israelenses. A FIFA, ciente dessa animosidade, frequentemente toma medidas para garantir que esses países não se enfrentem em torneios oficiais, muitas vezes separando-os em diferentes grupos ou eliminatórias.
Evitando o Encontro de Inimigos Históricos
O caso das duas Coreias é outro que exige atenção especial. Apesar de não estarem em guerra ativa desde a década de 1950, Coreia do Norte e Coreia do Sul mantêm uma relação instável, marcada por episódios de agressão e falta de diálogo diplomático. Quando as seleções desses países se enfrentam, a FIFA age com extremo cuidado, muitas vezes exigindo que os jogos aconteçam em campos neutros e sob rígidas medidas de segurança.
Um exemplo semelhante pode ser visto no caso da Sérvia e de Kosovo. Desde que o Kosovo declarou sua independência da Sérvia em 2008, os dois países permanecem em uma posição de hostilidade. A Sérvia não reconhece o Kosovo como uma nação soberana, e a FIFA, ciente do potencial de um confronto entre essas seleções causar conflitos, evita ao máximo a realização de tais partidas.
Sanções Internacionais e a Exclusão de Equipes
Há também casos em que a FIFA se vê obrigada a agir em consonância com sanções internacionais. Durante os anos 90, por exemplo, a Iugoslávia foi suspensa de competições esportivas devido às sanções impostas durante as guerras balcânicas. A medida refletia não apenas a pressão política global sobre o país, mas também o risco de que confrontos entre seleções pudessem levar a episódios de violência e desordem.
A FIFA e seu Papel de Mediadora Global
Esses exemplos destacam o papel da FIFA não apenas como reguladora do futebol, mas também como uma mediadora em um cenário internacional conturbado. Embora a entidade seja frequentemente criticada por suas decisões políticas, é inegável que a organização busca evitar que o esporte seja usado como palco de confrontos mais amplos, seja em jogos entre países em guerra ou nações com tensões políticas profundas.
Ainda assim, as decisões da FIFA nem sempre são simples. Em muitas ocasiões, há um equilíbrio delicado entre manter a imparcialidade esportiva e garantir que o futebol não se torne uma extensão de disputas nacionais. Em tempos de conflito, o campo de futebol pode se transformar em um terreno sensível, onde o resultado de um jogo pode ir muito além do apito final.
O desafio da FIFA continua sendo o de assegurar que, independentemente do cenário político global, o futebol permaneça uma plataforma de união entre nações, sem perder de vista os riscos que alguns encontros podem acarretar. No mundo atual, onde diplomacia e esporte frequentemente se entrelaçam, a atuação da entidade vai muito além das regras do jogo: trata-se de preservar a paz, mesmo que por 90 minutos.
Jogos já realizados:
Voltando ao confronto citado no titúlo, Ucrania e Rússia se enfrentaram poucas vezes no masculino, e os ucranianos levam vantagem.
Resumo por competição
Dados: OGOL
Já no confronto entre as Coréias, tivemos bons jogos entre ambas, mas a Sulista fica com larga vantagem sobre sua rival.
Resumo por competição
E Israel e Irã também já tiveram seus jogos, destacando a vantagem da seleção masculina de Irã.
Resumo por competição
Já Kosovo e Sérvia nunca se enfrentaram.

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