The Strokes e Arctic Monkeys são bandas gigantes do indie rock, cada um melhor em registros diferentes: The Strokes definiram a estética do rock de garagem noventista revival e mantêm forte apelo histórico e cult, enquanto Arctic Monkeys lidera em popularidade de streaming e premiações britânicas recentes.
Decidi então "rivalizar" essas duas bandas e com algumas pesquisas e fatos, compará-las lado a lado.
Para qual das duas vai a sua torcida? Para os meninos de Nova Iorque ou para os garotos de Sheffield? Bem, vamos lá.
Já começamos falando dos dois líderes, dois gigantes nos vocais, emblemáticos em milhões de corações e playlists pelo mundo. Ambos possuem projetos de fora de suas bandas, solos e até mesmo feats.
O norte-americano Julian Casablancas canta com uma entrega mais crua, frequentemente rouca e com timbre comparado a ícones do rock que valorizam atitude sobre técnica; ele usa distorção vocal e falsetes como efeito estilístico.
Já o britânico Alex Turner começou com um timbre mais agudo e falsete jovem e evoluiu para um barítono sofisticado que alterna entre o crooning lounge e a entonação irônica de indie britânico, mostrando grande evolução técnica e expressiva ao longo da carreira.
Na prática de estúdio, ambos os líderes escrevem a maior parte das canções, com Casablancas frequentemente creditado como autor dominante nos primeiros discos dos Strokes e Turner como autor principal dos Arctic Monkeys; Turner aparece com mais créditos de produção e instrumentos adicionais em registros recentes, enquanto Casablancas foca voz e letra e delega arranjos à banda e a si mesmo em projetos paralelos.
Surgimento e quem ganhou a elite primeiro
AM em apresentação no ano de 2007
The Strokes surgiu no ano de 1998, em Nova Iorque e foram catapultados pela cena garagem/indie no início dos anos 2000; o álbum Is This It definiu a estética que abriu caminho para uma onda de bandas internacionais.
Os Arctic Monkeys formaram-se em Sheffield, no ano do penta, e chegaram a sucesso massivo rápido com um dos debuts mais vendidos no Reino Unido, conquistando a indústria britânica pouco depois de começarem.
Raio X dos Maiores Hits
A comparação escolhe os dois hits mais emblemáticos de cada banda: "Do I Wanna Know?" dos Arctic Monkeys e "Last Nite" dos The Strokes. Abaixo está o raio x técnico e direto dos números, alcance e impacto de cada faixa.
Arctic Monkeys — Do I Wanna Know?
Ficha rápida: single do álbum AM, lançado em 2013. Pico nas paradas: alcançou a posição 11 na Official UK Singles Chart.
Streams: faixa com centenas de milhões a bilhões de streams; o registro de plataformas consolidadas mostra aproximadamente 2,74 bilhões de streams para a música na agregação de dados de streaming.
YouTube: o vídeo oficial soma aproximadamente 1,8 bilhões de visualizações na conta oficial da banda, nesta data.
Resumo: produção moderna, riff instantâneo e refrão hipnótico que geraram grande aderência em playlists globais e uso comercial e editorial contínuo.
The Strokes — Last Nite
Ficha rápida: single do álbum Is This It, lançado em 2001. Streams: catálogo histórico mostra aproximadamente 754 milhões de streams para “Last Nite” em plataformas agregadas.
YouTube: o upload oficial HD do clipe registra cerca de 133 milhões de visualizações em seu principal vídeo conhecido.
Resumo: hino do revival garage indie, presença cultural forte desde os anos 2000 com impacto histórico e grande persistência em playlists de rock clássico e nostalgicidade.
Comparação direta — números e popularidade
Em números puros de streaming e visualizações, "Do I Wanna Know?" (Arctic Monkeys) supera "Last Nite" (The Strokes) por margem significativa, com bilhões de streams e quase duas bilhões de views no YouTube contra centenas de milhões de streams e cerca de cem milhões de views para “Last Nite”.
Em influência histórica e legado de cena, "Last Nite" mantém papel fundacional para o indie rock dos anos 2000, mas em alcance atual e popularidade digital a vantagem fica com Arctic Monkeys graças ao desempenho massivo em plataformas de streaming e presença contínua em playlists globais.
Letras e conexão com o público
As letras dos Arctic Monkeys, especialmente nos primeiros álbuns, foram celebradas por observações de cotidiano britânico e conexão imediata com o público jovem; Turner combina realismo de cozinha com imagens líricas que envelheceram bem.
As letras dos Strokes têm uma aura mais enigmática e estilizada, menos confessionais e mais centradas em atitudes urbanas, o que cria outra forma de conexão cultural e identitária com fãs que valorizam estética e vibe.
Quem aparece mais em filmes e séries?
As músicas dos The Strokes aparecem mais em filmes, séries e comerciais, com faixas como “Last Nite” e “Reptilia” sendo reutilizadas em trilhas sonoras e sincronizações audiovisuais.
Quem tem mais fãs no Brasil?
Arctic Monkeys já realizaram turnês e séries de shows no Brasil em eventos e festivais de grande porte, construindo uma base sólida maior e demonstrando capacidade de mobilizar grandes públicos brasileiros.
Para finalizar, segue uma tabela pau a pau das bandas.
Atributo | The Strokes | Arctic Monkeys |
|---|---|---|
Vocal | Julian Casablancas: timbre rouco, entrega blasé | Alex Turner: evolução de timbre, barítono versátil |
Estilo | Rock de garagem, indie revival | Indie britânico, post‑punk, lounge pop |
Composição | Julian principal letrista; arranjos coletivos | Alex principal compositor; colaborações notáveis |
Instrumentos | Banda fixa; Casablancas toca pouco ao vivo | Turner toca guitarra e teclados; participa da produção |
Streams / Popularidade | Catálogo estável em playlists; picos em hits clássicos | Grande audiência mensal nas plataformas |
Prêmios | ||
Origem / Legado | Nova Iorque, 1998; “Is This It” referência | Sheffield, 2002; debut recorde no Reino Unido |
Membros originais | Formação clássica intacta | Mudança inicial de baixista antes da consolidação |
Presença em filmes/TV | Várias trilhas e inserções | Muitas trilhas e referências cinematográficas |
Fãs no Brasil | Base histórica e cult entre fãs indie | Grande público, fortes vendas de shows e festivais |
A resposta sobre “qual é melhor” depende da régua usada. The Strokes vencem quando a demanda é por estética de garagem e legado cult.
Arctic Monkeys vencem em evolução vocal, volume de streaming e adaptação estilística. A comparação entre as bandas termina em um empate técnico em relevância cultural e referencia no gênero alternativo.



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